Peguei na minha imaginação como uma caneta
E quis gritar a alma dentro da minha vida.
Temia que a minha tinta fosse sempre preta,
Como o orgulho que sangra e não deixa ferida.
Usei o fundo do horizonte como meu papel
E esperei pelas palavras na inquietude do ser.
Tremia enquanto o tom carmesim forte e fiel
Invadiu a mente, deixando o corpo a ferver.
Arde aquilo que acreditei estar adormecido.
Nem o mundo, nem eu, aparentam conhecer-me afinal.
Ninguém, excepto esse carmesim destemido.
Não precisam de saber quem és ou quem fomos.
Mas o papel saberá, as palavras não mentem.
Apenas agradecem aquilo que agora somos.
Mais um belo poema, como os anteriores, fruto duma imaginação que pode ser de todas as cores de acordo com o estado da alma.
ResponderEliminarUm abraço