Posso apaixonar-me por ti?
Sentir emoções que transcendem o meu ser e o meu corpo,
Colocar-me entre o Céu e o Inferno, o limbo e o vazio,
Proferir poemas de gestos e canções de ternura.
Posso?
Tocar-te e deixar-me levar pelo tacto,
Elevar-me tão alto com a tua chama graciosa e cativante,
Percorrer caminhos perdidos e envoltos de felicidades ocultas.
Posso apaixonar-me por ti?
Descobrir um mundo mais vasto que o meu,
Fugir da insegurança, da solidão, estar com o teu ser que me ilumina
Trocar cumplicidades entre a tua pele e os meus lábios,
Morder o desejo, aproveitar-me desta enorme atracção.
Será que posso?
Fazer-te sorrir, ser o teu encosto, aconchegar-te nas noites frias,
Ver o teu rosto inocente, sereno e adormecido.
Lutar contra o mundo negro, afastar o que é mau,
Merecer esta alegria e conforto que é o amor.
Mas posso mesmo?
Suar com o teu calor, tremer com os momentos amargos,
Perdoar e ser perdoado, usar e ser usado,
Viver num estado de verdadeira mutualidade,
Desejar-te assim, intensamente e sem pudores.
...Posso apaixonar-me por ti?!
29 de março de 2010
27 de março de 2010
Encontros e desencontros
Um desejo. Uma vontade. Uma procura. Termos facilmente associáveis e aplicáveis em muitas situações...mas nem sempre é assim.
A mente humana é curiosa, intuitiva, com sede de conhecimento e desejos constantes. Por vezes, esses desejos levam-nos a limites muito frágeis...por vezes, esses desejos "obrigam-nos" a cometer loucuras. E para quê?
Perdemos tanto tempo à procura do que não temos, do que não conseguimos atingir, de tudo o que pensamos ser o "ideal" para nós. Deixamos nos levar por estes reflexos interiores, estas manifestações de racionalismo como se disso dependêssemos.
Somos empurrados por rodas intelectuais a um ritmo acelerado, sentimos uma pressão psicológica avassaladora, quase ao ponto de todos esses desejos se tornarem físicos e a sua falta causando-nos doenças. A nossa preocupação é tal que nos esquecemos o que somos, quem nos rodeia, a vida que levamos...somos tão cegados pela necessidade e pela cobiça que nos tornamos vítimas do esquecimento, e apagamos tudo o que outrora existia. Ficamos, realmente, "doentes" por dentro, atacados pelo "vírus" do desejo, corroídos, transformados. Somos uma sombra daquilo que tanto prezávamos, somos um "desencontro" de nós próprios.
Quando soubermos valorizar o que somos e acreditarmos em tudo o que fazemos, o vazio vai dissipar-se; não seremos ocos, não seremos apenas marionetas manipuladas por tudo aquilo que necessitamos. Bastará desistir de procurar, bastará saber viver sem que nos deixemos controlar pelos desejos. E dessa forma, tudo aquilo que julgámos fazer-nos falta irá surgir, sem esforço, sem consequências, sem "senãos". Irá surgir quando menos esperarmos, pois é assim que deve ser. Sempre foi. E irá sê-lo, sempre.
A mente humana é curiosa, intuitiva, com sede de conhecimento e desejos constantes. Por vezes, esses desejos levam-nos a limites muito frágeis...por vezes, esses desejos "obrigam-nos" a cometer loucuras. E para quê?
Perdemos tanto tempo à procura do que não temos, do que não conseguimos atingir, de tudo o que pensamos ser o "ideal" para nós. Deixamos nos levar por estes reflexos interiores, estas manifestações de racionalismo como se disso dependêssemos.
Somos empurrados por rodas intelectuais a um ritmo acelerado, sentimos uma pressão psicológica avassaladora, quase ao ponto de todos esses desejos se tornarem físicos e a sua falta causando-nos doenças. A nossa preocupação é tal que nos esquecemos o que somos, quem nos rodeia, a vida que levamos...somos tão cegados pela necessidade e pela cobiça que nos tornamos vítimas do esquecimento, e apagamos tudo o que outrora existia. Ficamos, realmente, "doentes" por dentro, atacados pelo "vírus" do desejo, corroídos, transformados. Somos uma sombra daquilo que tanto prezávamos, somos um "desencontro" de nós próprios.
Quando soubermos valorizar o que somos e acreditarmos em tudo o que fazemos, o vazio vai dissipar-se; não seremos ocos, não seremos apenas marionetas manipuladas por tudo aquilo que necessitamos. Bastará desistir de procurar, bastará saber viver sem que nos deixemos controlar pelos desejos. E dessa forma, tudo aquilo que julgámos fazer-nos falta irá surgir, sem esforço, sem consequências, sem "senãos". Irá surgir quando menos esperarmos, pois é assim que deve ser. Sempre foi. E irá sê-lo, sempre.
18 de março de 2010
Silêncios desconcertantes
Alguma vez tiveram aquela sensação de que falta algo? De que não conseguem exprimir o que sentem, pois é tudo um imenso nevoeiro, demasiado denso para poder entender? Aquelas alturas em que nos sentimos deslocados de nós próprios, em que o limite entre emoções é demasiado ténue. Parece que o mundo existe e nós estamos lá, mas ao mesmo tempo, não estamos. É complexo e difícil de entender o porquê destes mistérios, o porquê de tanta obscuridade emocional e racional. É, de facto, uma verdadeira "dor de pensar", algo que nos atormenta muitas vezes sem darmos conta, outras vezes desejávamos, do fundo da alma, que não existissem.
A ignorância é uma dádiva e uma maldição..."invejo" quem consegue viver sem pensar, quem vive sem conhecimento e consegue, ainda que temporariamente ou até ao fim do tempo, ser feliz. Ao mesmo tempo isto para mim é revoltante: as pessoas não conhecem, não sabem, não sentem. De que vale uma felicidade que não é eterna se a verdade dói e quando se aperceberem disso, viverão para sempre desiludidos?
Prefiro ter dor de pensar a ser um ignorante. Prefiro saber que o mundo existe, prefiro tentar entendê-lo. Não espero que me compreendam, nem que me defendam...muito pelo contrário.
Todas estas angústias sem nexo e sem nome...vão e vêm. Todas as fragilidades internas ficam, não têm cura. Cabe apenas a cada um lidar com as suas revoltas e os seus momentos de confusão. Cabe a cada um saber o que fazer a seguir.
Eu...eu sei que hoje estou assim, e amanhã será um novo dia. Até lá...que venha o mistério e o profundo. Cá estarei para aceitar o desafio e seguir em frente de cabeça erguida.
A ignorância é uma dádiva e uma maldição..."invejo" quem consegue viver sem pensar, quem vive sem conhecimento e consegue, ainda que temporariamente ou até ao fim do tempo, ser feliz. Ao mesmo tempo isto para mim é revoltante: as pessoas não conhecem, não sabem, não sentem. De que vale uma felicidade que não é eterna se a verdade dói e quando se aperceberem disso, viverão para sempre desiludidos?
Prefiro ter dor de pensar a ser um ignorante. Prefiro saber que o mundo existe, prefiro tentar entendê-lo. Não espero que me compreendam, nem que me defendam...muito pelo contrário.
Todas estas angústias sem nexo e sem nome...vão e vêm. Todas as fragilidades internas ficam, não têm cura. Cabe apenas a cada um lidar com as suas revoltas e os seus momentos de confusão. Cabe a cada um saber o que fazer a seguir.
Eu...eu sei que hoje estou assim, e amanhã será um novo dia. Até lá...que venha o mistério e o profundo. Cá estarei para aceitar o desafio e seguir em frente de cabeça erguida.
16 de março de 2010
Labirinto de nadas
Entro no caminho aparentemente sem fim.
Vagueio por entre ramos de dúvidas e raízes de desilusões.
Procuro aquilo que não consigo atingir, a alegria da luz,
Aquele caminho que me vai arrancar destas paredes de escuridão.
Vagueio por entre estátuas tristes e pedras que se movem para eu tropeçar.
Devagar, depressa, inconstante, a olhar para a frente com vontade de voltar para trás.
Tudo me parece igual, repetitivo, é como fazer uma rotunda sem saídas.
Sinto-me cheio de caminhos intermináveis, de saídas sem saída, de nomes sem nome.
Todos estes vazios cheios, todos estes nadas me perseguem.
Nadas que volto a ver vezes e vezes sem conta, e tornam-se num pseudo-tudo.
Temos tamanha preocupação com os nadas, que mais nada parece existir.
O mundo parece-nos sombrio, distante, sem formas visíveis de optimismo.
Tantos são aqueles que se perdem no vazio, o silêncio consome-os, os seus caminhos dissipam-se.
Somos fugitivos. Somos presas. Somos nadas.
Mas nada está perdido definitivamente.
O mundo esqueceu-se de ripostar, de criar a sua própria luz, de seguir em frente sem medo.
Será este labirinto verdadeiramente infinito? Seremos nós prisioneiros do pessimismo?
...vagueio pelos caminhos envoltos no mistério do amanhã.
Já não são sombrios e escuros, nem são luminosos e quentes.
São meus.
A partir de agora, sou eu que os vou criar, e enfrentar o labirinto da vida com todos os meus nadas.
Vagueio por entre ramos de dúvidas e raízes de desilusões.
Procuro aquilo que não consigo atingir, a alegria da luz,
Aquele caminho que me vai arrancar destas paredes de escuridão.
Vagueio por entre estátuas tristes e pedras que se movem para eu tropeçar.
Devagar, depressa, inconstante, a olhar para a frente com vontade de voltar para trás.
Tudo me parece igual, repetitivo, é como fazer uma rotunda sem saídas.
Sinto-me cheio de caminhos intermináveis, de saídas sem saída, de nomes sem nome.
Todos estes vazios cheios, todos estes nadas me perseguem.
Nadas que volto a ver vezes e vezes sem conta, e tornam-se num pseudo-tudo.
Temos tamanha preocupação com os nadas, que mais nada parece existir.
O mundo parece-nos sombrio, distante, sem formas visíveis de optimismo.
Tantos são aqueles que se perdem no vazio, o silêncio consome-os, os seus caminhos dissipam-se.
Somos fugitivos. Somos presas. Somos nadas.
Mas nada está perdido definitivamente.
O mundo esqueceu-se de ripostar, de criar a sua própria luz, de seguir em frente sem medo.
Será este labirinto verdadeiramente infinito? Seremos nós prisioneiros do pessimismo?
...vagueio pelos caminhos envoltos no mistério do amanhã.
Já não são sombrios e escuros, nem são luminosos e quentes.
São meus.
A partir de agora, sou eu que os vou criar, e enfrentar o labirinto da vida com todos os meus nadas.
Chuva
Dias cinzentos pouco prometem.
O céu entristece, as pessoas recolhem-se,
Desvanecem os sorrisos, e eis que dançando,
Desce do seu trono a primeira gota
E depois mais uma, e mais uma...
Dançando ao soar do vento, a chuva chega.
Ignora a tristeza, a manhã escurecida,
Cai, cai apenas, sem rumo, sem planos,
Simplista e graciosa chuva.
Intriga-me, enche-me de questões.
Muitos consideram-te uma dádiva,
Outros temem-te com toda a sua alma.
Eu...eu quero apenas observar,
Mirar os teus movimentos secretos,
As tuas danças esquivas.
Dizem que o tamanho importa, mas tu, ó chuva,
Não és grande e marcas a tua presença.
Se este mundo souber entender,
Irá aprender uma grande lição:
Que, no fundo, não é a gota que se manifesta,
Mas a chuva, o todo, uma entidade que tudo representa.
No mundo dos "se's", és a certeza,
Neste planeta envelhecido, és a renovação.
A tua presença é infinita, poderosa, e iminente.
O céu entristece, as pessoas recolhem-se,
Desvanecem os sorrisos, e eis que dançando,
Desce do seu trono a primeira gota
E depois mais uma, e mais uma...
Dançando ao soar do vento, a chuva chega.
Ignora a tristeza, a manhã escurecida,
Cai, cai apenas, sem rumo, sem planos,
Simplista e graciosa chuva.
Intriga-me, enche-me de questões.
Muitos consideram-te uma dádiva,
Outros temem-te com toda a sua alma.
Eu...eu quero apenas observar,
Mirar os teus movimentos secretos,
As tuas danças esquivas.
Dizem que o tamanho importa, mas tu, ó chuva,
Não és grande e marcas a tua presença.
Se este mundo souber entender,
Irá aprender uma grande lição:
Que, no fundo, não é a gota que se manifesta,
Mas a chuva, o todo, uma entidade que tudo representa.
No mundo dos "se's", és a certeza,
Neste planeta envelhecido, és a renovação.
A tua presença é infinita, poderosa, e iminente.
10 de março de 2010
Oceano
Pureza sombria,
Distante e fria,
Mostra o seu lado tirano
Mas também meigo, o oceano.
De mistérios se veste,
Na noite, de breu se reveste,
Força que ultrapassa tudo assim que se manifeste.
Em quadros de azuis pinta,
Arco-íris de seres são a sua tinta.
Impõe o seu respeito, único, "humano", maravilhoso oceano.
Distante e fria,
Mostra o seu lado tirano
Mas também meigo, o oceano.
De mistérios se veste,
Na noite, de breu se reveste,
Força que ultrapassa tudo assim que se manifeste.
Em quadros de azuis pinta,
Arco-íris de seres são a sua tinta.
Impõe o seu respeito, único, "humano", maravilhoso oceano.
O que é o escrever?
Escrevo o que sinto,
Escrevo o fictício.
Escrevo o caminho e o labirinto,
Escrevo o maior artifício.
Escrevo uma tragédia,
Escrevo um drama.
Escrevo uma comédia,
Escrevo uma trama.
Escrevo e descrevo,
Escrevo e exemplifico.
Escrevo e subscrevo,
Escrevo e modifico.
Escrevo palavras,
Escrevo paragens.
Escrevo cenas macabras,
Escrevo paisagens.
Escrevo o correcto,
Escrevo o errado.
Escrevo o momento,
Escrevo o passado.
Escrevo algo que magoa,
Escrevo algo que elogia.
Escrevo algo que ecoa,
Escrevo algo que irradia.
Escrevo o tudo,
Escrevo o nada.
Escrevo o estilo desnudo,
Escrevo a minha próxima alvorada...
Escrevo o fictício.
Escrevo o caminho e o labirinto,
Escrevo o maior artifício.
Escrevo uma tragédia,
Escrevo um drama.
Escrevo uma comédia,
Escrevo uma trama.
Escrevo e descrevo,
Escrevo e exemplifico.
Escrevo e subscrevo,
Escrevo e modifico.
Escrevo palavras,
Escrevo paragens.
Escrevo cenas macabras,
Escrevo paisagens.
Escrevo o correcto,
Escrevo o errado.
Escrevo o momento,
Escrevo o passado.
Escrevo algo que magoa,
Escrevo algo que elogia.
Escrevo algo que ecoa,
Escrevo algo que irradia.
Escrevo o tudo,
Escrevo o nada.
Escrevo o estilo desnudo,
Escrevo a minha próxima alvorada...
Mar
Porque me fascina tanto?
Porque me causa um impacto tão profundo quanto si próprio?
A sua cor, a sua resplandecência, a sua beleza,
A vontade infinita que tenho de o observar, quieto, bravio, de longe e de perto.
A inspiração que me traz, tal como a brisa fresca em meu redor.
A contemplação das ondas inconstantes em rebentamento,
O silêncio que provoca nos outros para se fazer ouvir,
O respeito que impõe quando se mostra traiçoeiro.
Quero sentir-me nesse mundo tão misterioso, nessa conjugação de emoções e estados de espírito.
Quero ser a sua essência, a sua força, a sua fraqueza...
Mar tão sereno e avassalador, porquê?
Porque não consegue este ser chegar a ti?
Saboreia este teu admirador como ele te saboreia, intensa e eternamente...
Porque me causa um impacto tão profundo quanto si próprio?
A sua cor, a sua resplandecência, a sua beleza,
A vontade infinita que tenho de o observar, quieto, bravio, de longe e de perto.
A inspiração que me traz, tal como a brisa fresca em meu redor.
A contemplação das ondas inconstantes em rebentamento,
O silêncio que provoca nos outros para se fazer ouvir,
O respeito que impõe quando se mostra traiçoeiro.
Quero sentir-me nesse mundo tão misterioso, nessa conjugação de emoções e estados de espírito.
Quero ser a sua essência, a sua força, a sua fraqueza...
Mar tão sereno e avassalador, porquê?
Porque não consegue este ser chegar a ti?
Saboreia este teu admirador como ele te saboreia, intensa e eternamente...
5 de março de 2010
Inspiração profunda
É muito fácil dizermos que algo nos motiva.
Mais fácil ainda dizer que algo nos cativa.
Mas saberemos mesmo interpretar o que nos incentiva?
É muito fácil sentir.
Mais fácil ainda fingir.
Mas saberemos mesmo aproveitá-lo ou apenas fugir?
É muito fácil usar.
Mais fácil ainda abusar.
Mas saberemos mesmo o que significa amar?
A verdade é que tudo é demasiado simplificado,
O coração frágil da humanidade é muito frustrado.
Escondido do mundo, vagueia triste, só e abandonado,
Pois não vê, não sente, não age correctamente o coitado.
No dia em que finalmente souber que o mundo é plural,
Um conjunto de pessoas com nada de comum e igual,
Irá dividir-se e enfrentar o perigoso temporal,
Não para desvanecer, mas para encontrar alguém especial.
O amor é a cura de mistérios oriunda,
Algo verdadeiro e inexplicável que abunda,
A nossa única inspiração solene e profunda...
Mais fácil ainda dizer que algo nos cativa.
Mas saberemos mesmo interpretar o que nos incentiva?
É muito fácil sentir.
Mais fácil ainda fingir.
Mas saberemos mesmo aproveitá-lo ou apenas fugir?
É muito fácil usar.
Mais fácil ainda abusar.
Mas saberemos mesmo o que significa amar?
A verdade é que tudo é demasiado simplificado,
O coração frágil da humanidade é muito frustrado.
Escondido do mundo, vagueia triste, só e abandonado,
Pois não vê, não sente, não age correctamente o coitado.
No dia em que finalmente souber que o mundo é plural,
Um conjunto de pessoas com nada de comum e igual,
Irá dividir-se e enfrentar o perigoso temporal,
Não para desvanecer, mas para encontrar alguém especial.
O amor é a cura de mistérios oriunda,
Algo verdadeiro e inexplicável que abunda,
A nossa única inspiração solene e profunda...
1 de março de 2010
A escuridão invisível
Sinto-me vazio.
Olho para a frente e vejo uma janela que não é, com uma vista que nunca foi.
Rodeado de dúvidas e constrangimentos que não me pertencem.
A verdade foge sempre que a tento agarrar, e quando a descubro, preferia nunca a ter descoberto.
Vivo sem viver, respiro sem respirar, estou preso!
Continuo a pensar se pensar vale a pena, se merece o meu tempo roubado por razões exteriores a mim.
Tudo à minha volta é um grande nada imaginado e dominado pela hipocrisia e pela mentira.
Sou o que nunca fui, e assim vai passando a vida sem mim, longe, fria.
Apenas desejava que o mundo existisse como eu o imagino, e não como ele me vê e me julga injustamente.
Gostava que este sarcasmo circundante desaparecesse.
Gostava que um milhão de coisas mudassem…
E depois volto a pensar:
Que será que uma única pessoa, insignificante por si só, conseguirá fazer,
Contra toda esta mentira, contra toda esta injustiça,
Contra todos os que odeiam por odiar, os que criticam por criticar,
Os que se vestem de hipocrisia para esconderem a verdadeira face,
E os que se regozijam por verem os inocentes alheios sofrerem?
Inocentes como eu, vazios, porque não querem, nem nunca vão,
Poder viver no mundo da sociedade hipócrita, mesquinha e triste que é
Esta em que me sinto inserido, mas posto de parte.
O vazio persiste, o sonho desvanece, a “escuridão invisível” paira…
O destino espera.
E o meu pensamento volta para me atormentar,
Mostrando a realidade que nunca mudarei…
Olho para a frente e vejo uma janela que não é, com uma vista que nunca foi.
Rodeado de dúvidas e constrangimentos que não me pertencem.
A verdade foge sempre que a tento agarrar, e quando a descubro, preferia nunca a ter descoberto.
Vivo sem viver, respiro sem respirar, estou preso!
Continuo a pensar se pensar vale a pena, se merece o meu tempo roubado por razões exteriores a mim.
Tudo à minha volta é um grande nada imaginado e dominado pela hipocrisia e pela mentira.
Sou o que nunca fui, e assim vai passando a vida sem mim, longe, fria.
Apenas desejava que o mundo existisse como eu o imagino, e não como ele me vê e me julga injustamente.
Gostava que este sarcasmo circundante desaparecesse.
Gostava que um milhão de coisas mudassem…
E depois volto a pensar:
Que será que uma única pessoa, insignificante por si só, conseguirá fazer,
Contra toda esta mentira, contra toda esta injustiça,
Contra todos os que odeiam por odiar, os que criticam por criticar,
Os que se vestem de hipocrisia para esconderem a verdadeira face,
E os que se regozijam por verem os inocentes alheios sofrerem?
Inocentes como eu, vazios, porque não querem, nem nunca vão,
Poder viver no mundo da sociedade hipócrita, mesquinha e triste que é
Esta em que me sinto inserido, mas posto de parte.
O vazio persiste, o sonho desvanece, a “escuridão invisível” paira…
O destino espera.
E o meu pensamento volta para me atormentar,
Mostrando a realidade que nunca mudarei…
É noite
É noite.
No escuro há algo que me atormenta.
Não… algo que simplesmente me faz sentir estranho.
Dou uns passos em frente e noto que me sinto cada vez mais perto de algo.
Continuo.
O frio e o calor correm-me no corpo alternadamente.
Porque será?
Começo a vislumbrar uma luz, ténue, suave, que me enche.
Sinto-me tão preenchido que me aproximo sem dar conta.
Começo a visualizar uma presença…
Uma forma…
Quando dou por mim a caminhar no escuro em direcção à luz,
Já entrei nesse caminho iluminado, e encontro-te, só.
Mas nunca triste.
A tristeza desvaneceu quando me encontraste.
Senti o mesmo.
Aproximo-me, mas paro. Os meus músculos petrificaram, estou preso.
Estou tremendamente maravilhado com uma beleza incógnita, pura.
Tu aproximas-te, e tocas-me.
Consigo mexer-me novamente, mas não o faço.
O mistério paira sobre nós, enquanto os lábios, secos,
Falam sem se mexer, simplesmente tocando-se.
Falam a palavra amor.
Acordo, sonhei.
Mas não esqueci.
Porque sei que estás ao meu lado.
O que sonhei foi prova que o amor existe.
Nada acalma a escuridão sem luz.
Nada apaga o vazio sozinho.
Descobri a minha fonte.
Descobri a minha razão.
Descobri…
Alguém.
No escuro há algo que me atormenta.
Não… algo que simplesmente me faz sentir estranho.
Dou uns passos em frente e noto que me sinto cada vez mais perto de algo.
Continuo.
O frio e o calor correm-me no corpo alternadamente.
Porque será?
Começo a vislumbrar uma luz, ténue, suave, que me enche.
Sinto-me tão preenchido que me aproximo sem dar conta.
Começo a visualizar uma presença…
Uma forma…
Quando dou por mim a caminhar no escuro em direcção à luz,
Já entrei nesse caminho iluminado, e encontro-te, só.
Mas nunca triste.
A tristeza desvaneceu quando me encontraste.
Senti o mesmo.
Aproximo-me, mas paro. Os meus músculos petrificaram, estou preso.
Estou tremendamente maravilhado com uma beleza incógnita, pura.
Tu aproximas-te, e tocas-me.
Consigo mexer-me novamente, mas não o faço.
O mistério paira sobre nós, enquanto os lábios, secos,
Falam sem se mexer, simplesmente tocando-se.
Falam a palavra amor.
Acordo, sonhei.
Mas não esqueci.
Porque sei que estás ao meu lado.
O que sonhei foi prova que o amor existe.
Nada acalma a escuridão sem luz.
Nada apaga o vazio sozinho.
Descobri a minha fonte.
Descobri a minha razão.
Descobri…
Alguém.
Hurtful soul
This is where I stand.
Stranded.
Lost.
Thinking over and over again about things I can’t understand
And feelings I can’t control.
About how people can underrate each other’s hearts and ignore them…
About the selfish acts they commit just to make themselves feel better…
About how easily discarded feelings are for all of them…
It hurts my soul to witness all this and so much more…
It hurts my lost, stranded soul to witness…the endlessly moving world.
Stranded.
Lost.
Thinking over and over again about things I can’t understand
And feelings I can’t control.
About how people can underrate each other’s hearts and ignore them…
About the selfish acts they commit just to make themselves feel better…
About how easily discarded feelings are for all of them…
It hurts my soul to witness all this and so much more…
It hurts my lost, stranded soul to witness…the endlessly moving world.
The simplicity of thinking complex things
Whenever I stop and stare, I regret looking.
Whenever I try to help, I feel rejected.
Whenever I think there's always hope, fate stabs me in the back.
Whenever I want to defend myself, people call me selfish.
Whenever I refuse a truly selfish one, again, I'm called selfish.
...I don't understand.
Why is it so difficult to express myself?
Why is it that I feel so different when I'm just trying to be the best person possible?
Why is it that I'm so incomprehensible to others?
Why is it so hard for them to understand all the simple things I have to say?
Is it because I try something they don't?
Is it because they dislike the fact that I hate being stereotypical and close minded?
Is it because, in the end, I'm always right and they refuse to accept it?
The truth is like a plague to them, a deadly disease.
Maybe that's the problem, they're afraid.
They're afraid to admit the truth because it doesn't appeal to them.
That's what makes me different, that's what I'm proud of.
I embrace the truth, hurtful or beneficial.
I don't want to be an ignorant like everyone else.
I don't want to pretend the truth doesn't affect me.
I don't want to live in mental fear and pretend I'm fine.
I just want to be accepted as I am.
I just want people to realize the truth.
I just want to be...myself.
Whenever I try to help, I feel rejected.
Whenever I think there's always hope, fate stabs me in the back.
Whenever I want to defend myself, people call me selfish.
Whenever I refuse a truly selfish one, again, I'm called selfish.
...I don't understand.
Why is it so difficult to express myself?
Why is it that I feel so different when I'm just trying to be the best person possible?
Why is it that I'm so incomprehensible to others?
Why is it so hard for them to understand all the simple things I have to say?
Is it because I try something they don't?
Is it because they dislike the fact that I hate being stereotypical and close minded?
Is it because, in the end, I'm always right and they refuse to accept it?
The truth is like a plague to them, a deadly disease.
Maybe that's the problem, they're afraid.
They're afraid to admit the truth because it doesn't appeal to them.
That's what makes me different, that's what I'm proud of.
I embrace the truth, hurtful or beneficial.
I don't want to be an ignorant like everyone else.
I don't want to pretend the truth doesn't affect me.
I don't want to live in mental fear and pretend I'm fine.
I just want to be accepted as I am.
I just want people to realize the truth.
I just want to be...myself.
Palavras e emoções
Gostava de saber entender as pessoas.
Por vezes sinto-me como um verdadeiro alienígena, perdido e confuso,
Em busca de algo que parece não ser possível neste mundo.
Como se tudo fosse feito para que eu me sentisse tão-somente só, incompreendido.
Gostava que as pessoas não vissem alguém como segunda ou terceira opções, como objectos de substituição daquilo que não podem obter.
Que soubessem o significado de palavras simples:
Um “não” convicto,
Um “adeus” definitivo,
Um sopro apenas de palavras que deviam ser entendidas e são ignoradas.
…E soubessem tomar decisões sem olhar para trás,
Com plena consciência de tudo o que pode advir de bom e de mau,
Sem terem dúvidas, para que não façam sofrer outrem…
Quem disse que as pessoas são “coisas”?
Qual é o argumento que torna válida a expressão “posso usar e deitar fora”?
Não sabem a resposta, apenas juntam meia dúzia de palavras que para eles fazem sentido, mas para os demais, são meros desperdícios de discurso.
Olham demasiado para si próprias, ignorando o facto de, talvez,
As pessoas realmente saberem saborear, sentir, sonhar, VIVER...
É profundamente triste admitir que para muitos, as emoções são descartáveis…
Mas é a verdade,
A verdade que ninguém quer ouvir.
A verdade que muitos lutam para esconder em vão.
Farão sentido palavras de um mero alienígena, perdido, confuso…?
Se pensarmos que o mundo não usa a linguagem para mais que discursos usados e dizeres pouco convincentes,
Se pensarmos que as pessoas escondem-se no desejo físico por serem fracas de espírito,
Se pensarmos que as emoções são a essência e não o contratempo…
Aí talvez…seja mais fácil este pequeno alienígena “desencaixado” da realidade
Fazer mudar o mundo…com as suas palavras e emoções.
Por vezes sinto-me como um verdadeiro alienígena, perdido e confuso,
Em busca de algo que parece não ser possível neste mundo.
Como se tudo fosse feito para que eu me sentisse tão-somente só, incompreendido.
Gostava que as pessoas não vissem alguém como segunda ou terceira opções, como objectos de substituição daquilo que não podem obter.
Que soubessem o significado de palavras simples:
Um “não” convicto,
Um “adeus” definitivo,
Um sopro apenas de palavras que deviam ser entendidas e são ignoradas.
…E soubessem tomar decisões sem olhar para trás,
Com plena consciência de tudo o que pode advir de bom e de mau,
Sem terem dúvidas, para que não façam sofrer outrem…
Quem disse que as pessoas são “coisas”?
Qual é o argumento que torna válida a expressão “posso usar e deitar fora”?
Não sabem a resposta, apenas juntam meia dúzia de palavras que para eles fazem sentido, mas para os demais, são meros desperdícios de discurso.
Olham demasiado para si próprias, ignorando o facto de, talvez,
As pessoas realmente saberem saborear, sentir, sonhar, VIVER...
É profundamente triste admitir que para muitos, as emoções são descartáveis…
Mas é a verdade,
A verdade que ninguém quer ouvir.
A verdade que muitos lutam para esconder em vão.
Farão sentido palavras de um mero alienígena, perdido, confuso…?
Se pensarmos que o mundo não usa a linguagem para mais que discursos usados e dizeres pouco convincentes,
Se pensarmos que as pessoas escondem-se no desejo físico por serem fracas de espírito,
Se pensarmos que as emoções são a essência e não o contratempo…
Aí talvez…seja mais fácil este pequeno alienígena “desencaixado” da realidade
Fazer mudar o mundo…com as suas palavras e emoções.
Apenas uma pequena introdução...
Pois, parece que a "febre" dos blogs anda aí. Várias vezes me foi dito que deveria escrever um, embora com muita franqueza achasse que tal não seria algo assim tão...produtivo.
Gosto bastante de escrever, ninguém nega isso, nem eu o faço. Ser bom ou não ser, é algo que me transcende. Eu escrevo pelo prazer, pela forma inequívoca que as palavras exprimem aquilo que sinto, aquilo que penso, até aquilo que sonho...
Portanto, espero que tudo o que pôr aqui seja apreciado, de forma positiva ou negativa. Não espero receber elogios de todos, também não espero ouvir insultos de todos. A partir de agora, este blog pertence a todos, e preenchê-lo pode caber exclusivamente a mim, mas a sua actividade irá depender de vocês. Espero que gostem, e que vão ficando. :]
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