Tive o mundo nas mãos
E as mãos me fugiram.
Nos meus momentos mais sãos
As vozes interiores conspiram.
Sou um inocente que vive culpado
Por todas as dores que não lhe feriram.
Vivo com essa dúvida incerta,
A vagabunda dos tempos alheios.
Respiro uma força que aperta
E que fomenta os mais obscuros receios.
Destino que houver é derrotado
Pela obra destes ilusionismos tão feios.
Já não sei que faça
Para destruir em mim este pensar.
Ao evitar a desgraça
Deixo esta dúvida vadia proliferar.
Para eu poder ser, não quero desistir.
Quem sabe um dia a emoção vá finalmente ganhar.
o.O
ResponderEliminarChocaste-me com esta. Este realmente está mais que lindo. Não se deve de ter medo de arriscar mas também não devemos de lançar de cabeça às coisas que já sabemos que nos vai magoar. Ha que ter um pouco de auto-preservação mas um pouco de esperança também. Há que tentar um equilíbrio.
Nao sei que mais dizer, escreveste um bom ponto. XD
Nice, não esperava um comentário teu :D agradeço desde já.
ResponderEliminarÉ verdade. Por vezes torna-se frustrante querer arriscar mas sentir que será em vão, ou então não querer arriscar e saber que há tanto a perder...
A dúvida mais difícil de decifrar é aquela situação se não saber o que se sente, e deixar arrastar-se no limbo indefinidamente...porque há implicâncias em qualquer decisão que se tomar. Por isso é que termino o poema desta forma, pode ser que um dia a emoção se decida e não deixe margem para dúvidas...eheh ^^
Nesta situação, isto não significa que a emoção nunca ganhou, mas sim pelo contrário. significa que, se por um lado, és uma pessoa consciente, por outro, deixas que a emoção perturbe a tua visão e te faça sentir mal por coisas que, na realidade, não deveriam.
ResponderEliminarPerdeu-se um pouco o ponto de vista nesse aspecto. A emoção pode perfeitamente ganhar, mas quando esta é confusa e não se sabe interpretar, a razão perde-se...o ganhar aqui é o restituir esse estado decisivo, reconquistar o equilíbrio em ambos os níveis.
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