Por entre bosques repletos e verdejantes
Com assobios de ventos cantantes,
Nasce o sábio, cresce a vida.
Por entre rios de água pura arrefecida
Pelas correntes que vêm e vão,
Nasce a discórdia, cresce o perdão.
Por entre bosques despidos e frios
Com silêncios cortantes e sombrios,
Nasce o errar, cresce o amor.
Por entre os céus de esperança e horror
Com toda a força possível de um ser,
Nasce uma vontade, cresce o renascer.
Errar é humedecer os olhos e não chorar,
É ter nós por dentro sem nunca sangrar,
É ter consciência que há que crescer para saber amar.
[ Todas as fases da vida são importantes. Podemos nascer sábios e morrer ignorantes, nascer ignorantes e morrer sábios. Errar e reconhecer é ter consciência das falhas; podemos rejeitar o mundo e este não o saber, podemos ser os maiores apaixonados e não o saber demonstrar, podemos ser brilhantes e provar apenas insanidade...o que está por dentro, nós sabemos o que é. Mas se não nos esforçarmos para o transmitir para fora...quem o saberá? ]
Soberbo, como sempre! :)
ResponderEliminarMuito bem composto, como é habitual.
ResponderEliminarSó não compreendo por que é que o amor cresce a partir do nascimento do erro... consideras que amar é um erro?
E como podemos nós nascer sábios, se a sabedoria é algo que se vai acumulando com o decorrer da vida?
O amor cresce depois de errar pois nunca queremos que o custo do nosso erro seja perder esse amor. A nossa resignação e aumento de consciência contribuem para que mostremos ainda mais o sentir verdadeiro...o sábio nasce sempre nas perfeitas condições, mas não sabe o que ele próprio é, até provar a sua sabedoria nas piores situações ;) daí os últimos três versos.
ResponderEliminar*ar imponente, limpeza da garganta*
ResponderEliminarA senhora dona Cármen Veloso tem o desgosto de vir aqui a esta entrada deixar-lhe um comentário pouco relacionado com o conteúdo do texto, anunciando-lhe que lhe foi enviado um selo para esta esplanada na blogosfera.
Os meus respeitosos cumprimentos,
Uma chavala que por vezes (?) bate mal do sistema.
:p
Nunca tinha pensado nas coisas dessa maneira. Por vezes, só nos sentirmos é o suficiente. É necessario mostrar tudo de nós a outro? Então o que resta de nós para nós mesmos?
ResponderEliminarLindo como sempre Joao! Que te venha inspiração, quero ler mais. Bjinhos grandes