Memórias intemporais,
Acções que tais,
Invadem os olhos dos demais.
Pequenos fragmentos,
Histórias de momentos
Transmitidas às forças dos ventos.
No carvalho me encostei,
Nele vivi e relembrei
O que já fiz e o que ainda não sei.
Pego em cada casca enrugada,
Cada experiência solene ou conturbada
E coloco-a na mente (in)controlada.
Pedaços de mim irão cair,
Outros renascer e surgir,
E todos serão vida, a sorrir.
[ Nem uma árvore está imune ao inexorável poder do tempo. Tudo nasce, tudo tem a sua altura para desaparecer. Costuma-se ver declarações de amor forjadas na madeira, algo que perdura, ainda que fisicamente finito. Todos nós somos um pedaço de madeira cujas gravuras variam de profundidade, algumas caem e outras ficam para sempre. Boas ou más, são nossas. E são prova de que estamos vivos. Portanto, há que sorrir ao todo, tentar ter orgulho naquilo que somos e tentar polir aquelas arestas irregulares um tanto difíceis de eliminar. O todo não tem de ser perfeito, mas tem de ser nosso, e dar-nos vontade de continuar, porque vale sempre a pena tentar! ]
Vejo que resolveste inovar um pouco mais... Está, como sempre, lindo. Parabéns. :)
ResponderEliminarNa verdade, este estava reservado antes do último post, apenas ainda não tinha encontrado a altura certa para o pôr...a forma como saiu pareceu-me mais fluída, o que combinou bem com a temática do poema. As coisas têm a sua maneira própria de se destacar mesmo sem nos apercebermos. Obrigado pela apreciação, mais uma vez ! :)
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