Memories drift in shadows,
Shadows drift in the heart.
Regret, is but a pebble
That drives memories apart.
We let the wind go by,
Immune to the storm held inside.
We let the rain pour down
Like tears that we can't hide.
What's a soul without nightfall ?
We hold the lock deep within
But it's said the key is gone,
Dumped into life's wastebin.
In darkness we learn
But in light, we prosper.
There're no stasis phases,
Only timings that are proper.
So let's all watch the sunrise
And it be our company.
The only way to feel sad
Is to run away from destiny.
[ We often face our rainy days as if they never end. We think that the only way to be happy is to see the sun. But if we keep that thought, the sun may be up and we miss it, blinded by the obsession of needing such days to come. We don't let the darker days teach us to see the sun. Let's make the light shine, embrace the changes, be ready to learn. There's no ending, no beginning, only new sunrises, new paths, new things to learn. And a whole new world to explore within us. ]
7 de setembro de 2012
14 de agosto de 2012
Almas espelhadas
Ando, caminho interminavelmente,
Percorro as ruas estreitas do existir,
Vezes e vezes sem conta.
Paro, interrompo repentinamente.
Percorro as ruas sem saída do fugir.
Vezes e vezes sem conta.
Sorrio, rio desenfreadamente,
Percorro as ruas loucas do sentir.
Vezes e vezes sem conta.
Sofro, choro descontroladamente.
Percorro as ruas fatais do desistir.
Vezes e vezes sem conta,
Somos apenas um reflexo insuficiente,
Um emaranhado fixo do fingir.
Vezes e vezes sem conta.
Quando é que nos tornaremos o espelho?
[ Existem caminhos e estados de ser tão fixos, tão mecânicos, tão previsíveis. Vezes e vezes sem conta nos deixamos tomar por eles, somos engolidos pelas emoções fracas que achamos fortes. Vivemos uma vida mostrando um e outro reflexo, uma e outra vez. Não sabemos o que existirá, e isso é inegável. Mas não temos de ser sempre iguais. Tal como no início de um caminho ou no final de um poema aparentemente igual, podemos marcar a diferença. Podemos ser, finalmente, o espelho que comanda todos aqueles reflexos. Aí saberemos ser donos do nosso mundo. ]
Percorro as ruas estreitas do existir,
Vezes e vezes sem conta.
Paro, interrompo repentinamente.
Percorro as ruas sem saída do fugir.
Vezes e vezes sem conta.
Sorrio, rio desenfreadamente,
Percorro as ruas loucas do sentir.
Vezes e vezes sem conta.
Sofro, choro descontroladamente.
Percorro as ruas fatais do desistir.
Vezes e vezes sem conta,
Somos apenas um reflexo insuficiente,
Um emaranhado fixo do fingir.
Vezes e vezes sem conta.
Quando é que nos tornaremos o espelho?
[ Existem caminhos e estados de ser tão fixos, tão mecânicos, tão previsíveis. Vezes e vezes sem conta nos deixamos tomar por eles, somos engolidos pelas emoções fracas que achamos fortes. Vivemos uma vida mostrando um e outro reflexo, uma e outra vez. Não sabemos o que existirá, e isso é inegável. Mas não temos de ser sempre iguais. Tal como no início de um caminho ou no final de um poema aparentemente igual, podemos marcar a diferença. Podemos ser, finalmente, o espelho que comanda todos aqueles reflexos. Aí saberemos ser donos do nosso mundo. ]
27 de julho de 2012
Um vulto de ninguém
Começa a chover com a janela aberta
Para o mar alto da personalidade.
Ondulam o sombrio e a tempestade
De uma alma desancorada e deserta.
Esqueci-me de mim, algures pelo trilho,
Parti o espelho da alma suave e cristalino.
Agora sou um reflexo negro de um menino
Que se perdeu na contemplação da água sem brilho.
Vejo a minha vista como se fosse cega e muda,
Vazia como o vulto de uma pessoa carrancuda,
Vidrada no silêncio de uma sala desnuda.
Quem sou já me procurou e não encontrou ninguém,
Quem fui encara-me cada vez mais com desdém,
Quem quero ser...não é um vulto, mas sim alguém.
[ Sempre a caminhar atrás da própria sombra e não além dela. Sempre a pensar no que nos faltou e no que se seguirá. Quando é que deixa de haver um "quando" e somos nós agora ? Quando é que deixa de haver um "porquê" para não procurar vazios ? Quando é que deixa de existir um "onde" e fazemos nós o caminho ? Quando é que deixam de persistir perguntas ? Nunca...mas as respostas também não têm de existir fora de nós. As respostas somos nós, e a vida nunca irá acabar numa pergunta. Irá sempre, no entanto, começar com aquelas que nos propormos a ser a resposta. ]
Para o mar alto da personalidade.
Ondulam o sombrio e a tempestade
De uma alma desancorada e deserta.
Esqueci-me de mim, algures pelo trilho,
Parti o espelho da alma suave e cristalino.
Agora sou um reflexo negro de um menino
Que se perdeu na contemplação da água sem brilho.
Vejo a minha vista como se fosse cega e muda,
Vazia como o vulto de uma pessoa carrancuda,
Vidrada no silêncio de uma sala desnuda.
Quem sou já me procurou e não encontrou ninguém,
Quem fui encara-me cada vez mais com desdém,
Quem quero ser...não é um vulto, mas sim alguém.
[ Sempre a caminhar atrás da própria sombra e não além dela. Sempre a pensar no que nos faltou e no que se seguirá. Quando é que deixa de haver um "quando" e somos nós agora ? Quando é que deixa de haver um "porquê" para não procurar vazios ? Quando é que deixa de existir um "onde" e fazemos nós o caminho ? Quando é que deixam de persistir perguntas ? Nunca...mas as respostas também não têm de existir fora de nós. As respostas somos nós, e a vida nunca irá acabar numa pergunta. Irá sempre, no entanto, começar com aquelas que nos propormos a ser a resposta. ]
3 de maio de 2012
Tormento leve e jubilo infernal
(Tão) simples como viver,
(Tão) complicado quanto o fazer.
Atormentados pelo simples,
O complicado, felizes por receber.
Onde tudo é vendido sem ter valor
E o trair é a maior amostra de amor,
O tempo só corre para quem anda,
Pois o mais forte é o que dos outros tem pavor.
Condenamos morte mas negamos vida,
Queremos sarar onde não há ferida
E porquê? Não fazendo sentido algum,
Como temos uma forma de pensar tão nítida?
Não sei nem sabem nem é suposto,
Lógica no viver, por vezes é um encosto,
Uma desculpa para tentar explicar tudo
Quando viver é apenas uma face do rosto.
Cuidemos enquanto existe
Esta oportunidade que tanto persiste,
(Tão) simples e complicada, esta vida,
(Tão) difícil e facilmente resiste.
(Tão) complicado quanto o fazer.
Atormentados pelo simples,
O complicado, felizes por receber.
Onde tudo é vendido sem ter valor
E o trair é a maior amostra de amor,
O tempo só corre para quem anda,
Pois o mais forte é o que dos outros tem pavor.
Condenamos morte mas negamos vida,
Queremos sarar onde não há ferida
E porquê? Não fazendo sentido algum,
Como temos uma forma de pensar tão nítida?
Não sei nem sabem nem é suposto,
Lógica no viver, por vezes é um encosto,
Uma desculpa para tentar explicar tudo
Quando viver é apenas uma face do rosto.
Cuidemos enquanto existe
Esta oportunidade que tanto persiste,
(Tão) simples e complicada, esta vida,
(Tão) difícil e facilmente resiste.
[ Tudo é efémero, até uma forma de pensar. Num dia podemos defender algo afincadamente e noutro dia desdenhar completamente o mesmo. Por vezes abraçamos o sofrimento e noutras vezes rejeitamos a jubilo. A existência não foi, não é, nem nunca será algo simples ou complicado. É algo que transcende tudo isso. Temos muito tempo para viver, pouco tempo para existir e ainda menos tempo para deixarmos a nossa marca. E que tal...não pensarmos por uns momentos ? Gritar, saltar, correr...libertar. Não interessa onde, quando, nem porquê. "Just do it." ]
22 de abril de 2012
Soldadinho de metal
Tenho um soldadinho de metal
Com uma armadura e um punhal
Lutando contra tudo que lhe faça mal,
Ou assim lhe convence a sua moral.
Luta sem parar nem desistir,
Mesmo quando a batalha deixou de existir.
O seu pobre coração deixou-se dormir,
A sua inocência, há muito que a viu partir.
Somos armaduras portadoras de um coração,
Defendemos-nos demais de sentimentos em vão,
E magoamos aqueles que nos estendem a mão.
A melhor defesa não é isolar o sentimento.
É despir a armadura para perder o tormento
De sentir, e poder viver o simples momento.
Com uma armadura e um punhal
Lutando contra tudo que lhe faça mal,
Ou assim lhe convence a sua moral.
Luta sem parar nem desistir,
Mesmo quando a batalha deixou de existir.
O seu pobre coração deixou-se dormir,
A sua inocência, há muito que a viu partir.
Somos armaduras portadoras de um coração,
Defendemos-nos demais de sentimentos em vão,
E magoamos aqueles que nos estendem a mão.
A melhor defesa não é isolar o sentimento.
É despir a armadura para perder o tormento
De sentir, e poder viver o simples momento.
[ Podemos sofrer muito, podemos ser privilegiados, mas não podemos fechar as nossas portas ao mundo, é o mesmo que nos entregarmos de graça à solidão. Demore o tempo que demorar, temos de deixar os outros entrar para nos ajudar a sarar as feridas. As cicatrizes ficarão lá para sempre, mas é suposto. Temos apenas que seguir em frente. ]
7 de abril de 2012
Sem querer
Sem querer, existo e por querer, persisto.
Com falta de compreensão em muito do tempo,
De mim, do começo, ou até do fim.
Sem querer já fui besta, tolo, descabido,
Já lutei mesmo sendo vencido,
Mas continuo sem entender, sem querer.
Por querer, já ultrapassei o limite.
"O" no meio de tantos "O's" que persistem,
Que deformam, destroem, magoam.
Sem querer já fui herói, armado no coração,
Para não perder em vão,
Aquilo que agora não sei defender, sem querer.
Sem querer entreguei a alma ao acaso do amor.
Mas no papel fiz por escrever esta história,
Uma lição, um futuro, uma estendida mão.
Sem querer estou a chorar, vertendo tinta,
E que a sorte não me minta,
Pois tudo o que eu viver, será por querer.
Com falta de compreensão em muito do tempo,
De mim, do começo, ou até do fim.
Sem querer já fui besta, tolo, descabido,
Já lutei mesmo sendo vencido,
Mas continuo sem entender, sem querer.
Por querer, já ultrapassei o limite.
"O" no meio de tantos "O's" que persistem,
Que deformam, destroem, magoam.
Sem querer já fui herói, armado no coração,
Para não perder em vão,
Aquilo que agora não sei defender, sem querer.
Sem querer entreguei a alma ao acaso do amor.
Mas no papel fiz por escrever esta história,
Uma lição, um futuro, uma estendida mão.
Sem querer estou a chorar, vertendo tinta,
E que a sorte não me minta,
Pois tudo o que eu viver, será por querer.
[ Somos tão condescendentes e ao mesmo tempo tão injustos. Errar...felizmente ou infelizmente, é humano. Podemos querer ser melhor ou pior ou até igual, mas para sabermos o que fazer...temos que saber primeiramente o que somos. O que nos tornámos. O que poderemos vir a ser. E não temos de fazer toda essa caminhada sozinhos. A consciência é o motor, agir a ignição. Se alguém nos der a chave...aceitemos. Pedir desculpa e perdoar são metade do caminho, o resto somos nós que criamos. ]
10 de março de 2012
Conversa de café
Sentada numa cadeira desgastada,
Rodeada de poeira de tempo e tabaco,
Está aquela que me ouve sem pedir nada,
Enquanto se pede a bica e se tira o casaco.
A colher gira, no veludo escuro ela se mistura
Como quem quer apaziguar o vazio do ser.
A parceira entrega o açúcar, foge a amargura
E a conversa por gestos continua a viver.
Quem sou e quem não sei ser, ela ouve tudo.
Sem caretas nem repreensões, as conversas são assim,
Um aglomerado de gestos com um som mudo.
Chega a conta e ela intervém subitamente.
A parceira que me acordou é a minha consciência...
Ninguém é melhor para desabafar, que a própria mente.
[ Quantas vezes serão aquelas que, independentemente de sabermos ouvir os outros...conseguimos ouvir a nossa própria consciência? Muitas mais vezes nos interrogamos se o caminho está certo, se o que somos é o limite do que podemos ser. O limite verdadeiro, é a nossa mente. E ela permanecerá...de mãos dadas com a força da nossa vontade. ]
Rodeada de poeira de tempo e tabaco,
Está aquela que me ouve sem pedir nada,
Enquanto se pede a bica e se tira o casaco.
A colher gira, no veludo escuro ela se mistura
Como quem quer apaziguar o vazio do ser.
A parceira entrega o açúcar, foge a amargura
E a conversa por gestos continua a viver.
Quem sou e quem não sei ser, ela ouve tudo.
Sem caretas nem repreensões, as conversas são assim,
Um aglomerado de gestos com um som mudo.
Chega a conta e ela intervém subitamente.
A parceira que me acordou é a minha consciência...
Ninguém é melhor para desabafar, que a própria mente.
[ Quantas vezes serão aquelas que, independentemente de sabermos ouvir os outros...conseguimos ouvir a nossa própria consciência? Muitas mais vezes nos interrogamos se o caminho está certo, se o que somos é o limite do que podemos ser. O limite verdadeiro, é a nossa mente. E ela permanecerá...de mãos dadas com a força da nossa vontade. ]
3 de fevereiro de 2012
Gaivota
Portadora da má sorte,
Da tristeza e da morte,
Voadora e carregada
Da profecia danada.
Mar bravo ela traz,
Medo da força fugaz,
Mar calmo chama
De volta a sua dama.
Apenas nós vemos negativo,
Poderíamos ver com outros olhos
Um ligamento emotivo.
Mar bravo ou mar sereno,
A gaivota anda sempre por perto
Pois assim, pode viver em pleno.
[ A nossa falta de visão é tão simples quanto esta: existem sempre sinais que indicam a desgraça e outros que indicam a calma. Mas talvez se olharmos para o todo...o resultado é diferente, não é ? Tem um outro sentido. Porque nos centramos tanto num ou noutro, quando o que interessa...é que no final, tudo tenha valido a pena ? ]
Da tristeza e da morte,
Voadora e carregada
Da profecia danada.
Mar bravo ela traz,
Medo da força fugaz,
Mar calmo chama
De volta a sua dama.
Apenas nós vemos negativo,
Poderíamos ver com outros olhos
Um ligamento emotivo.
Mar bravo ou mar sereno,
A gaivota anda sempre por perto
Pois assim, pode viver em pleno.
[ A nossa falta de visão é tão simples quanto esta: existem sempre sinais que indicam a desgraça e outros que indicam a calma. Mas talvez se olharmos para o todo...o resultado é diferente, não é ? Tem um outro sentido. Porque nos centramos tanto num ou noutro, quando o que interessa...é que no final, tudo tenha valido a pena ? ]
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