Viemos do mar,
Nascemos na areia.
Vamos no oceano navegar
Com esta alma que guerreia.
Contemplámos os profundos
Sem medo do desconhecido.
Do mundo criámos mundos
que deixou o orgulho enternecido.
E no entanto somos agora escravos,
Perdemos-nos em tanta terra seca
Que apazigua os valentes e bravos.
Talvez seja hora de voltar a velejar,
(re)Descobrir o único mundo que falta.
A nossa emoção e a capacidade de pensar.
Simples e bonito :)
ResponderEliminarParabéns pelo excelente soneto. Desculpe a comparação mas fez-me lembrar um pouco Fernando Pessoa, talvez por ele, e os seus heterónimos abordarem esse tema: A necessidade de procurar novos caminhos.
ResponderEliminarO problema está em como? Cada um de nós terá que o fazer a sua parte, terá que dar a sua contribuição. É necessário pensar com a nossa própria cabeça e agir segundo aquilo que se acredita. Mas infelizmente está tudo ao contrário cada vez mais agimos como idiotas, pensamos todos da mesma maneira, temos todos as mesmas opiniões, ou seja pensamos como os meios de informação e o que está por detrás deles, querem que nós pensemos. As pessoas parecem marionetas. É necessário alertar e lutar sempre, contra esta situação.
A lembrança dum passado glorioso deve sempre ser preservada. Mas há que viver o presente e ser suficientemente corajosos para seguir em frente e experimentar outras veredas e o primeiro passo é descobrir as nossas emoções e a capacidade de pensarmos.
Agradecido pelo comentário! Não desculpe a comparação de todo...eu sei que sou eu a escrever, mas tenho uma paixão acesa pela escrita de Pessoa! Tomara eu um dia ter o poder de escrita que ele teve...
ResponderEliminarFoi com esse intuito de voltar a procurar um "porto de abrigo" que escrevi o soneto, em frente ao rio Tejo. Tivemos tanto valor e somos agora reduzidos a nada, por culpa nossa, por termos perdido o caminho que tanto nos inspirava. Apesar disto ser a nível mundial, é penoso ver tamanha alma lusitana ser reduzida essencialmente a nada mais que memórias..."fósseis" de glória...podíamos ter tudo e não temos nada. Nem o espírito permaneceu. Se algum dia as coisas melhorarem, pode ser que as pessoas acordem finalmente...