8 de setembro de 2010

Memorial do sentimento

Convidei o amor a entrar.
Várias vezes me fez esperar.
Contrariei a vontade de não ficar.
Apenas para não ver a pedra e tropeçar.

Presenciei a falta de presença.
Desse sentimento de que tinha tanta crença.
Dessa vontade de gostar tão propensa.
De quem está sozinho no meio da desavença.

Tenho medo da possibilidade de ter medo e tornar-me insensível.
Não sei se me conseguirei levantar em cada queda imprevisível.
Como vou entregar-me à sorte se sou apenas mais um pedaço de carne comestível?

Só sei que preciso de tentar sempre esquecer.
Só sei que tenho de continuar a tentar viver.
Só sei que para este mundo vou continuar a escrever...

1 comentário:

  1. "Só sei que preciso de tentar sempre esquecer.
    Só sei que tenho de continuar a tentar viver."

    Temos de seguir em frente, continuar a respirar. E às vezes custa muito, mas a alternativa é bem pior.

    Espero que da próxima vez seja diferente, mereces melhor.

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