24 de maio de 2011

Que fruto se colhe da árvore da alma?
Que mistérios trazem cada ventania ou brisa calma?
Sou nu, sou desfeito, sou apenas eu nos demais,
Talvez muitas metades de mim estarão entre esses tais,
Mas não os conheço, são apenas rostos,
São apenas areia nos desertos dos meus desgostos.
Sem título me encontro, sem postura nem forma de ser,
Procuro incessantemente uma forma de conseguir viver.
Tenho amor que desconheço numa dessas faces tão distantes,
Porque não querer saciar a vontade destas palavras vibrantes?

Sofro e sorrio todos os dias; falta apenas encontrar-me em alguém que faça o mesmo.

[ Títulos, cabeçalhos, rodapés...já somos tão complexos assim, não somos apenas meras palavras. A solidão e o amor andarão de mãos dadas enquanto não soubermos primeiro deixar a nossa própria história em aberto, arrancar umas quantas páginas da vida, e deixar a árvore da alma crescer. As memórias são eternas...mas o que fazemos com elas pode ser reescrito. Já chega de viver preso às exigências. Quero ser livre...e voltar a encontrar outro eu em alguém. ]

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