14 de junho de 2011

Tinta vermelha

Peguei na minha imaginação como uma caneta
E quis gritar a alma dentro da minha vida.
Temia que a minha tinta fosse sempre preta,
Como o orgulho que sangra e não deixa ferida.

Usei o fundo do horizonte como meu papel
E esperei pelas palavras na inquietude do ser.
Tremia enquanto o tom carmesim forte e fiel
Invadiu a mente, deixando o corpo a ferver.

Arde aquilo que acreditei estar adormecido.
Nem o mundo, nem eu, aparentam conhecer-me afinal.
Ninguém, excepto esse carmesim destemido.

Não precisam de saber quem és ou quem fomos.
Mas o papel saberá, as palavras não mentem.
Apenas agradecem aquilo que agora somos.

1 comentário:

  1. Mais um belo poema, como os anteriores, fruto duma imaginação que pode ser de todas as cores de acordo com o estado da alma.
    Um abraço

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