22 de dezembro de 2014

Quanto

Caem as primeiras chuvas no meu relvado
De pensamentos sobre o (meu) mundo.
Perseguindo ideais encontrados apenas no orvalho
E pinturas de vidas num horizonte sem fundo.

Questiono. Persigo o passado passado e o que ainda não passou.
Emoções cujos rastos são como asas de borboleta
Cujo pó polvilha uma relva que em nada mudou.
Quanto do meu campo estará no meu campo de visão ?

Quanto de nós fica e quanto parte com alguém ?
Quanto amor fica retido nas profundezas de ninguém ?
Quanto é quanto afinal, na doçura implacável da existência ?

Somos quanto quisermos pois dar é infinito,
Somos lendas heróicas desta vida sem mito,
Somos quanto o quanto for, numa etérea e eterna essência.

[ Perdemos quantas oportunidades apenas porque acreditamos numa única solução, num único caminho, no descrédito da esperança de existir algo mais ? As opções são, de facto, infinitas. E mesmo que se saiba o que nos completa, não saberemos quem ou o que possui tal sentimento de realização...até irmos explorar, até testar os limites, até. Isso mesmo, até ao momento de agir. ]

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