23 de fevereiro de 2011

Interior

A vida é feita de nadas.
Procurei, vasculhei, no lixo de vida nadei,
Em vales e rios de matéria me desloquei.
Coloquei-me à frente do que se vê
Para encontrar o meu ser genuíno,
O elixir mortal de poder divino.
A música ecoou por entre o meu silêncio
E descobriu o meu vasto interior,
A minha timidez sem qualquer pudor.
O mar afogou-me com um profundo
De significados ocultos e distantes,
Alojados nestas veias coagulantes.
Sentimentos são como o vento
Que pode vir calmo e sereno,
Como faz a vida parecer veneno.
O meu interior é uma alma
Que muito poucos saberão ver,
E ainda menos poderão entender.
Os sonhos são o meu sangue
E correrão para sempre na minha mente
Fogosa, eterna, e livremente.

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