9 de março de 2011

Abraço

Bateram à porta do meu consciente.
Abro o cadeado do orgulho e do medo.
Não sinto presenças, foi um jogo da mente.

Ouço vozes a discutirem no meu interior.
Abro a minha alma e encontro silêncio.
É assim a solidão, o meu filme de terror.

Batem à porta do meu subconsciente.
Não sei abrir, nunca tive essa chave.
Desta vez uma voz não desaparece, é persistente.

Dias iguais passam por entre o meu cansaço.
Aquela voz anónima não vai embora.
Aqueceu-me o corpo com o seu invisível abraço.

Aproxima-te, desta vez não digas nada.
O teu dialecto passou por entre a minha destruição.
Vamos mostrar como se faz para haver paz restaurada.

Aproxima-te, abraça-me, traz-me o teu calor.
Liberta-me dos cadeados que o sofrimento me deu.
Volta a ensinar-me como se sente o amor.

2 comentários: