8 de abril de 2011

Adormecer

Aqui jaz a última esperança na Humanidade.
Sinto a minha lucidez a entrar em coma,
Sinto-me uma flor sem aroma e sem vontade,
Pretexto fingido num mundo sem verdade.

Aqui vive um coração despido e desfeito.
Um sorrir em mim consegue persistir,
Um vento que arranca as raízes do preconceito.
Sei que não vim ao mundo para ser perfeito.

Aqui adormecem os olhos da escrita.
Ela sabe que não sou só uma vítima.
Ela aplaude esta fonte de inspiração infinita.

Adormeço enfim neste berço sentimental.
Talvez seja apenas um mortal com sonhos,
Talvez seja um sonhador de alma imortal.

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